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06/06/2019

Esse capítulo explica para mim os erros no início da minha vida adulta (18-33 anos) Eu nao sabia conversar, não sabia escutar....nunca soube....faltava humildade Eu me achava imbatível, eu achava que eu era umas 50x melhor do que eu realmente era... Precisava me fazer acreditar que era melhor que todo mundo.

Só q eu não era...e a dissonância cognitiva que eh gerada por isso eh foda....a verdade eh q eu só aprendi a conversar quando eu finalmente declarei pra mim q eu não tinha mais nada a provar pra ninguém.

Nós perdemos o controle do HU e depois de fazer de tudo e desistir de voltar tivemos a chance de voltar, mas eu vi que tinha uma diferença GIGANTE entre o que eu sabia e o que eu achava que sabia.

Cada uma dessas coisas me empurrou mais pra perto de poder conversar com pessoas, e escutar. Escolher "voltar pra escola" foi uma decisão bonita de falar hoje mas difícil.

Eu entendi que voltar para escola não tem nada a ver com aprender, quando você aprende algo pra repassar e desenvolver pessoas é elevar a DECISÃO de fazer algo a um imperativo categórico. Voltar para escola tem mais a ver com esquecer...

Vejo nesse sentido um paralelo bom com gravitação universal, quando você está sozinho, pensando em você, quando está formando a sua cabeça, seu conceito de mundo, quando é adolescente e não sabe ainda pensar, você vive dentro de você um relacionamento entre duas entidades, você e a sua identidade, são duas entidades diferentes: quem você é, e como você se vê / identifica.

Esse problema é complexo, mas entendido. É como o problema de entender a lua obrigando a Terra (Two-body problem) as regras para esse problema são as regras da gravitação universal newtoniana.

Agora, você reconhece a existência de quem você é, de como você se identifica, como em gravitação universal, não há uma solução óbvia para o three-body problem. A única forma viável de lidar com essa situação complexa é aprender a conversar, aprender a observar e aprender a escutar.

"Perder" foi bom pra mim, eu me senti mal, duvidei de mim mesmo....ou mesmo tive certeza das coisas erradas. Finalmente, sair do HU só me trouxe coisa boa neste sentido, antes de sair do HU a minha identidade passava pelo lugar que trabalhava.

Eu era o fundador, o CEO, eu era o cargo que me deram, sem isso, eu não sabia o que eu era.

Sair do HU de maneira traumática como foi, e depois passar pela experiência de quase ir pra arbitragem me fuder feio e mesmo assim continuar de pé, me ensinou que eu não estou contido na caixinha que eu tinha me colocado.

E a falta da "definição" de quem é o João me fez querer aprender mais quem as pessoas são, curiosamente eu acho que aprendi a ler quando eu aprendi a conversar. A quantidade de livros que eu li também explodiu no momento em que eu deixei de ser o babaca que eu era, que se achava a última empada da padaria.

Cara, que momento ótimo a gente vive hoje, pessoas como Michael Sandel, Richard Thaler, Daniel Kahneman, Nassim Taleb, Malcolm Gladwell estão vivas, basicamente ao nosso lado..

É absurdo eu pensar que com 28 anos de idade, eu tinha medo de pegar um livro de um cara como o Malcolm Gladwell porque eu tinha medo de ler algo que fosse contrário a minha visão aynrandiana das coisas, eu achava que, se eu discordasse de um fiozinho de argumento que o cara fizesse, então todo o resto da pessoa estragou, como se uma ideia discordada fosse que nem pingar uma gota de esgoto num copo d'água pura.

Talvez o livro que eu mais tenha aprendido sobre psicologia na minha vida foi a Biografia de um Psicólogo Israelense Louco/Gênio chamado Amos Tversky (eu me sinto amigo dele hoje, sendo que ele morreu há anos), eu jamais tocaria num panfleto desse cara com 25-30 anos de idade pois idolatrava os "Jim Colin's" da vida, os "Gurus de gestão", nadadores que nunca entraram numa piscina e quando entram é tudo tão “perfeito” que nem se molham.

Eu me molho antes mesmo de entrar numa piscina, literalmente.

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    Feb 07, 2023
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